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jeudi 30 juin 2011

O AMOR MORRERÁ COMIGO



Images Skyrock




O amor! Encontrei-o e comigo o guardei.
Mas quem não gosta do amor, de ser amado?
Se alguém há, é porque do amor nada sei,
Não compreendo se o deixam abandonado.


Quem tem um coração terá que sentir o amor
Se assim não for, no seu lugar há uma pedra,
Fria, que despreza, não sabe amar nem uma flor
E o amor vai morrendo e é o ódio que medra.


Amar de amor uma mulher, e as nossas crianças
Amar a natureza, o mar , a montanha, o prado
Amar as romarias, a música, a poesia, as danças.
Amar a paz, a harmonia, ajudar sem estar cansado.

O amor tem envelhecido comigo, e é jovem
Mal grado tantos anos a vivermos sempre juntos
Amei em criança, adolescência e mesmo homem
Irá comigo na hora do adeus, seremos dois defuntos.
 







mercredi 29 juin 2011

E SE OS PAÍSES MUDASSEM DE NOME

Image l'internaut Arnaud Dufresne


E se os países do Mundo mudassem de nome?
Um se chamasse Amor, outro se chamasse Paz
Outro se chamasse Flor, um outro Felicidade
Que nenhum se chamasse Tristeza, nem incapaz
Que nenhum precisasse de estender a mão à caridade.

Um que se chamasse Fartura, um outro, Alegria,
Ainda um que se chamasse Paraíso de Pureza
Ou ainda um outro que Éden se chamasse, lindo.
Mas não é fácil mudar tudo, disso tenho a certeza
Porque me chamarão doido se caminho rindo.

Outro que se chamasse Luar para ter vida prateada
Outro que se chamasse Aurora, para ser Boréal.
E se houvesse um que se chamasse Fraternidade
Onde todos pudessem dar a mão sem pensar ao mal
Mas que bom seria um Mundo nomeado Igualdade

Nestes Países chamados Franqueza sem cinismo
Todos poderíamos viver sem alguma rivalidade.
No fim, todos queremos viver em Paz sem stress,
Todos clamam para terem direito à liberdade
Mas nem em todos Países, essa amada aparece.

samedi 25 juin 2011

PODES-ME CHAMAR LOUCO



image maelycel-centerblog


Louco!… sim, podes-me chamar louco
Pois que na verdade estou louco por ti.
A minha loucura está no meu coração
Pois ele sofre e não é assim tão pouco.
Sofre quando e sempre que estás ausente
É um coração ciumento, sofre de amor
Ele quer que o teu o ame, não quer sofrer
Por isso fica louco se não estás presente.
O amor, meu amor é a fonte pura da vida
Sem ele não se pode viver com felicidade
Dois seres que não se amam é vida perdida
São duas almas que vagueiam sem norte
Sem estrela que os guie para o Paraíso
Sem Paraíso de amor é viver sem suporte

PÉTALAS CAÍDAS NO CHÃO



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Continuo a pensar naquelas noites
Naquelas horas, dias e madrugadas
Em que o amor nos invadia.
O teu corpo no meu se espreguiçava
Os nossos corações cantavam
Belas e Celestiais melodias.
Com as lágrimas do prazer
Lavávamos os nossos pecados
Pecados de dois corpos enamorados.
Desfolhávamos nossos corpos
Como quem desfolha uma flor.
As pétalas caídas no chão
Foi tudo o que do nosso amor ficou,
Eram o símbolo do nosso amor.
Ficou somente o perfume
Dessas flores desfolhadas,
Flores que foram por nós amadas

vendredi 17 juin 2011

CORTAR O CORDÃO UMBILICAL

images folies62 centerblog




Cortar o cordão umbilical à nascença, é dar continuidade à vida.
Esse pequeno ser que acaba de nascer vai enfrentar o seu destino.
Vai crescer, vai ser amado, entra numa pista para fazer a corrida
Corta a meta, já é homem, com saudades de quando era menino.


Os anos avançam e ele acaba por também formar uma bela família.
Ama seus filhos por vezes vivendo num oceano nem sempre calmo.
Há tempestades difíceis de acalmar, nem sempre se salva a mobília
E um porto de abrigo para o encontrar nem existe sequer ensalmo.


A vida passa a se triste para os que tiveram o destino assim marcado
Passa a ser barco sem velas, sem cana de leme, é um barco à deriva.
Perde o rumo, perde o Norte, nem a Estrela Polar o salva do tumulto.


Nas vagas alterosas, enraivecidas, o barco da felicidade se vai afundar.
Os tripulantes nada conseguem que não seja ter tempo para se insultar.
Cortar o cordão umbilical é felicidade, mas não quando se corta já adulto.







mercredi 15 juin 2011

AI SE EU SOUBESSE


Ai se eu soubesse
Quando irei morrer!...
Encomendaria as flores
E faria amor
Até amanhecer.

Ai se eu soubesse
Essa data que é certa!...
Para bem amar
Para a vida beijar
Teria a porta aberta.

Ai se eu soubesse
Quais são os meus amigos
Que estarão presentes,
Os que serão ausentes
Esses, serão os inimigos.


Ai se eu soubesse
Quem por mim irá chorar...
Dar-lhe-ia o coração
Para que essa emoção
Fosse para durar.

Ai se eu soubesse
Que o amor viria mais forte,
Que não haveria mais guerras
Mas só amor na Terra...
Fecharia a porta à morte.

NADA ME INSPIRA, TUDO ME ABORRECE

Quando todos chegamos a um momento da vida
E não temos vontade de fazer o que quer que seja,
Que fazer? Que pensar de nós mesmos, que pensar?
Deixar andar sem se bater, a vida desce numa subida.

Não sei se é cansaço mental ou se é talvez intelectual.
Nada me inspira, tudo me é estranho, nada eu aprecio,
Como se vivesse num mundo estranho, sem interesse
Tudo me aborrece, não leio, não escrevo, tudo é virtual.

O amor, a amizade, chego a não saber se tudo existe.
Creio viver num mundo vazio, sem ideias nem realidade.
Às vezes como por acaso tenho uns minutos para pensar
E não chego a alguma conclusão e o vazio persiste.

Hoje escrevo estas linhas, sem mesmo saber o porquê.
As letras, as palavras fazem frases sem mesmo eu querer.
Não façam atenção se nada corresponde à realidade
Pois que tudo o que escrevo, acredito que ninguém lê.

mardi 14 juin 2011

O OURO CAI-LHES NA MÃO

Estendam a passadeira vermelha e deixem a crise passar.
Ela la vai vaidosa, poderosa, ninguém a impede de continuar.
A quem interessa que ela pare? A nós, que pagamos a despesa.
Aos senhores do capital só lhes interessa que neles fique presa.

Banqueiros, petrolíferas, paraísos fiscais e as taxas correm
Sempre apressadas para entrar nos bolsos dos que pouco comem.
Que não têm onde dormir, sim, debaixo de pontes morrendo de frio,
Ninguém os vê ou não os querem ver, é como água que corre no rio.

É um fartar vilanagem, obesos de sobranceria e de vil desprezo.
Nós trabalhamos duro para viver, mas não conseguimos o peso
Para fazer o prato da balança descer para o nosso lado, é ilusão
Enquanto os donos da crise enriquecem, o ouro cai-lhes na mão.

dimanche 12 juin 2011

SANTO ANTÓNIO FOI FADISTA

Image google para as festas de Lisboa


St. Antonio lá na Sé
Passou a noite de pé
A ouvir cantar o fado.
Pela manhã foi-se deitar
E começou a sonhar
De fadista ser dotado.

E nesses sonhos de sonho,
Ele partiu risonho
Com uma guitarra na mão.
Cantava pelas eaquinas
Ao ver passar as varinas
Com o seu ar malandrão.

Passeando por Lisboa
Passou na Madragoa
Comeu sardinha assada.
Cantou nos bailaricos
E foi na Casa dos Bicos
Que ele passou a noitada.

Cantou fado do passado
Castiço, bem trinado
Um verdadeiro bairrista.
St. Antonio não sonhou
Se ele tão bem cantou,
St. Antonio foi fadista.

samedi 11 juin 2011

SE O AMOR ACONTECER



imagemaeilysel.centerblog


À noite,
Caminho na tua rua
Ao nascer da Lua
Pleno de esperança.
E assim o meu olhar
Percorre as janelas
Todas elas tão belas
E ornadas de faiança.



Espero,
Te ver numa debruçada
Como fada encantada
Para me poder enfeitiçar.
Hoje ainda por lá passei
Mas teu olhar não encontrei
E eu vou ficando a esperar.

Voltarei,
Amanhã o meu sentimento
Esperando esse momento
Em que a tua bela janela
Para te ver esteja aberta
No momento, à hora certa
Em que o amor se desperta.

Então,
Se o amor acontecer,
O meu coração voará para te ver
E docemente no teu peito
Te colocará uma rosa
Te lerá a mais bela prosa
De amor todo a preceito.

vendredi 10 juin 2011

FICA A SAUDADE ( PARA O MEU SOBRINHO AVELINO BENTO )



IMAGE AZUR CENTERBLOG




Quando eu era jovem, eram os velhos tempos.
Tempo de guerra, tempo de ditadura, dificuldades.
Na minha juventude também vivi bons momentos,
E é desses maus momentos que ainda tenho saudade.

Os anos avançaram mas as facilidades, essas não.
Nem todos podiam ter algum pão em cima da mesa.
Acabou a guerra, mas não, a paz não estava no coração
E para ter um futuro risonho ninguém tinha a certeza.

Mudaram-se os séculos, mudaram-se as tecnologias.
O povo pensava que com a revolução tudo ia mudar.
Apenas se ganhou a Liberdade, ficou a demagogia,
A lei do mais forte continua a nos trazer o mal estar.

Tudo se tenta, trabalha-se estuda-se nas universidades
Nem todos, nem só doutores nem também só pedreiros
Mas tantos anos de labuta, e guardamos as dificuldades,
Somos obrigados a deixar o nosso País por anos inteiros.

Tudo isto é triste, que tem de bom esta nova sociedade?
Porquê para uns são rosas e para outros só há espinhos?
Obrigados a nos separar de quem amamos, fica a saudade
Só guardamos em pensamento e sentimo-nos sozinhos.




AS PALAVRAS E AS RIMAS, SÃO CAMINHOS TURTUOSOS

Continuar a escrever, será coisa que valerá a pena?
Não sei, por vezes é como subir ao alto da montanha,
Gritar, e o eco não existe. É como montar uma cena
E no fim, não haver actores para executar a façanha.

Então para quê se cansar para tentar chegar ao cume?
Procuram-se os caminhos, que nos levem lá a cima,
E não se faz tudo isto, por ter vaidade ou por ciume
Mas sim pelo gosto de escrever, e saber ligar uma rima.

As palavras, as rimas, são como os caminhos tortuosos
Que fazem sofrer aqueles que que lutam para os vencer.
Ser poeta, é como ser alpinista a mãos nuas, virtuosos
Que lutam, que sofrem, para conseguirem bem escrever.

E quantos chegam ao pico da montanha ou da poesia?
E quantos são reconhecidos como de bons escritores?
Quantos escrevem e nem sequer são lidos, são porcaria,
Sendo assim julgados, talvez porque não sejam doutores.

Mas eu considero que sim, escrever vale sempre a pena.
Como subir uma montanha mesmo que seja só pelo prazer,
Se gritar e não houver eco, é porque o mundo é uma arena
Onde não há um lugar para fazer crescer um malmequer.

SÓ O EU CONTA, O RESTO É CINISMO

Saberei eu quando a descriminação acabará?
Saberei eu quando a igualdade, essa chegará?
Não sou jovem, não tenho muito tempo para ver
Mas gostaria de a ver chegar enquanto eu viver.

Sei que é tão difícil enquanto houver egoísmo
Enquanto só o eu conta., o resto é só cinismo,
Senão porquê se ser alguém que é bem apreciado
De repente muda e o simpático é desprezado.

Porquê se vive num mundo onde é só amor
E de repente tudo muda, tudo é frio, sem calor.
Porquê há tantos beijinhos e tantos abraços
Porquê a corda acaba por quebrar os laços.

Porquê passávamos na rua, e havia sorrisos,
Porquê nessa mesma rua hoje só há granizo?
Porque deixou de haver a bela convivência
Que nos meus tempos havia, talvez por inocência.

jeudi 9 juin 2011

A MULHER E O PADRE (TEXTO DE HUMOR)





PARA MUDAR UM BOCADINHO E DAR UMA POUCO DE HUMOR AO BLOG, AQUI VAI ESTE TEXTO QUE TRADUZI E NÃO CONHEÇO O AUTOR.


Uma mulher hipersensível tem crises agudas e passeia na rua
De repente ela foi tomada de um desejo irresistível de fazer amor.
Ela bate a todas as portas e ninguém responde.
Então ela encontra uma Igreja....
Não há missa a essa hora, mais o padre está presente
-Que deseja, fiel crente?
-Oooo, tu tu tu, eu te quero prende-me nos teu braços!
-Perdão, que dizeis??!!!
Prende-me toda, eu te quero....
Ahhhh, faz amor comigo!!!!
-Mas enfim, minha filha!!! vós sois na casa de Deus!!
A mulher é histérica:
-Quero lá saber!!! Eu quero que tu me prendas nos teus braços...
AGORA!!!!!!
-Mas eu não posso, eu sou padre!!
A mulher deitou-se no Altar e despiu-se.
Ela é soberba e ela mesmo acaricia o seu corpo, o padre não sabe o que fazer, ele começa a suar por todos os poros.
Então ele olha para a cruz do Cristo e pergunta:
-Senhor. Que devo eu fazer
E Jesus responde:
-DESATA -ME ESTAS CORDAS RÁPIDAMENTE, ESTÚPIDO!!!!!

A. da fonseca



mercredi 8 juin 2011

QUANDO EU VOS ABANDONAREI

Tenho quase oitenta, não sei se lá chegarei.
Ma quero que conheçam os meus sentimentos
Mesmo que sejam virtuais, sempre vos amei,
Em todos os bons e nos maus momentos.

Passei a minha vida sempre a aprender.
Convosco muito aprendi e não sei nada,
Mas será sempre assim até quando morrer,
Fui amado, talvez apreciado, foi vida errada.

Mas quem tudo sabe? Eu não conheço
Talvez por isso não conheça o que é vida
Não quero dizer que ser amado eu mereço,
Mas reconheço que de aprendizagem fui servido.

Quando um dia que não está longe, eu sei
Deixar de ter aqui a vossa bela companhia
Certo é que comigo com alegria levarei
Os bons e maus momentos, ficará a nostalgia.

PUTA DE VIDA, CABRÃO DE DESTINO,

image Drunk


Puta de vida
Cabrão de destino
És tu o culpado
Do que é o meu ser.
Destinas-te-me a sofrer
As acusações infundadas
De pessoas mal formadas
Não fisicamente
Mas de uma pobre mente.
Eu te quis contrariar
E vejo que não consigo
Tu estás em mim
Estás sempre comigo.
Tento defender os indefesos
Quero ajudar os ofendidos
No fim, sou eu que saio sempre fodido
E tu, destino, que fazes por mim?
Nada!
Diz-me a quem eu fiz mal.
Não vês, pois é, não há.
Eu não tenho armas
De destruição massiva
Só tenho armas para a defensiva
Que no fim a nada me servem.
Sou atacado por defender
Sou atacado por ter defendido
Mas quando deixarei eu
De lutar pelo bem?
Quando deixarei eu
De ser parvo?
Não posso, sempre lutei,
Sempre arrisquei
A minha liberdade
E quer queiras, destino
Assim continuarei!
Puta de vida.
Cabrão de destino

SANTO ANTÓNIO É SPORTINGUISTA











Santo António foi a Alvalade
Para cumprimentar o Leão
E logo prometeu o milagre
De fazer dele um campeão.

O Leão ficou de juba eriçada
Agradecendo a amabilidade
Reservou-lhe um lugar na bancada
Para ele se sentir à vontade.

O Santo António já lá se sentou

Ao pescoço um lindo cachecol,
Pegou numa guitarra e cantou
Um fado ao nosso belo futebol.

Leõesinhos que estais na relva

Marquem golos até mais não
Mostrem que não estão na selva
Mas estão bem no nosso coração.





mardi 7 juin 2011

OS AMANTES DEIXAM DE SONHAR



images Shyblog


Na escuridão da noite eu passeei os meus sonhos,
Desfilavam felizes na luz dos meus pensamentos.
Eu não queria que se abrissem os meus olhos,
Vivia esses sonhos num inesquecível momento.

Na escuridão da noite, visitei ruas e cidades
Como um ceguinho de amor sem bengala e sem cão.
Quando a vida é bela, caminhamos com a felicidade
De termos sempre acesa uma nobre luz no coração.

Quando na escuridão da noite o amor acorda
Os amantes deixam de sonhar, começam a viver,
Entrelaçam seus corpos e vivem de prazer.

E a noite ficou iluminada pelo brilhar dos olhos,
Pelo prazer do amor que começou de madrugada
Como se o Sol aparecesse numa noite prateada.

A BOÉMIA É O MEU POEMA


As pessoas são boas , mas simples demais.
Trabalham dia e noite para os chacais.
Eu sou vagabundo, sem duvida, mas respiro o ar.
O trabalho é coisa séria, não me lo vão confiar.
Deixo esse prazer a desempregados e aprendizes,
Que trabalhem com prazer e sejam felizes.

Eu não tenho tecto
Não tenho carro
Não tenho montada.
Eu não tenho um cêntimo
Não tenho um décimo
Não tenho nada.

Mas eu canto... a vida é bela e sem problemas.
Mas eu canto.... porque a boémia é o meu poema.

A minha vida é uma aventura
por vezes dura
E sem verniz.
Mas com a minha guitarra
Eu sou cigarra
Que canta feliz.

Todas as noites posso dormir às estrelas.
O meu tecto, é o mais belo tecto, é barco sem velas.
Os meus amores não se contam são breves e não risonhos.
Eles me deixam uma doce lembrança, são como os sonhos.
Mas se no rosto de uma mulher. uma lágrima correu,
Eu não sou culpado, foi ela que não compreendeu.

AS LÁGRIMAS QUE EU CHOREI



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Fado


O meu lindo rio Tejo
Que deixas correr no teu leito
As lágrimas que eu chorei;
Por essa mulher que não vejo
Mas que me deu o seu peito
E todo o amor de mãe.

Foi ela quem me de o ser.
Chorava se eu chorava
Que ria para me alegrar.
Um beijo para adormecer
E quando a manhã chegava
Um beijo para me acordar.

Com dificuldades na vida
Tudo fez para me educar
Para eu ter eira e beira.
Foi a mulher mais querida
Que eu pude namorar
E me namorou sem canseira.

As lágrimas que hoje choro
À beira de ti, ó rio,
Não têm nada de improviso.
Pois que a ti imploro
Que leves o meu navio
Com mil beijos ao Paraíso

lundi 6 juin 2011

O DESTINO DE UM ALGUEM





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Caminhei naquelas vielas estreitas, onde mora a vida.
Como é difícil caminhar naquele empedrado negro
As paredes quase se tocam, a luz do sol está esquecida
Só as sombras caminhavam comigo, vi passar um morcego.

O meu corpo comprimido entre aquelas paredes, gemia
Sentia que a vida o fazia sofrer mas não havia avenida
Onde ele pudesse caminhar sem sofrimento, com alegria
Mas para ele estavam destinadas velhas vielas perdidas

Tentei abandonar esses caminhos sinuosos, perigosos
Uma força estranha me negava um caminho cristalino.
Cedi. Continuei a caminhar nesses caminhos impiedosos
Fiquei convencido que o meu caminho, era o meu destino

UM DELIQUENTE DE AMOR


image centerblog




Deixa-me navegar nesse teu tão belo corpo
Como barco à vela ao sabor dos teus desejos.
Entre vagas mansas que me baloiçam docemente
Deixa os meus lábios sentirem o sabor a sal
Que a tua pele acetinada faz de mim um delinquente.
Um delinquente do amor que rouba dos teus lábios
Todo esse mel que me extasia, é meu madrigal
Deixa-me sugar as lágrimas que da tua fonte brotam,
Fontes tão lindas que são os teus olhos verdes
Como o mar do teu corpo onde eu quero navegar
Deixa o meu barco à vela naufragar nos teus seios
Dá-lhe no teu regaço um porto de abrigo
Onde ele possa ficar e amando e longe de todos os perigos.

dimanche 5 juin 2011

AQUELA JANELA BRANQUINHA ( LETRA DE FADO )


Naquela rua sombria

Debaixo do candeeiro
Ao frio, passava horas.
Nem a tua sombra eu via
Era no mês de Janeiro
Como de costume chovia.

Na soleira de uma porta
Que me servia de abrigo
Ali passava o meu tempo.
A tua janela estava morta
E nem sequer o postigo
Lhe passou o testamento.

Aquela janela branquinha
Que tanto me fez sofrer
Continuou sempre fechada.
Ficou para mim a janelinha
De o amor de uma mulher
Para mim acabou em nada

Enfim, deixou de chover
O meu coração ficou frio
O nevoeiro o envolveu
Mereceu a pena sofrer
Pois o amor é como um rio
Nasce mas acaba por morrer.

TENHO NO CORAÇÃO OS OLHOS PARA TE VER



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Image folies 62 centerblog


Tu és o meu amor, tu és a minha vida.
Meu amor, sem ti eu não posso viver.
Sem ti a minha vida seria perdida,
Tenho no coração os olhos para te ver.

Mas eu te amo tanto que a penumbra
Não impede o meu coração de amar
Entre nós não haverá alguma sombra
Tu és os meus olhos para me guiar.

Haverá sim, uma avenida iluminada
Onde o nosso amor poder passear
Mão na mão,os corações de mão dada
Assim seremos felizes a nunca acabar.

Vem meu amor, vem para me beijares
À frente de tantas testemunhas presentes
Te juro amor e tu tens o teu para me dares,
Vem selar o nosso pacto, de amor ardente.


É O MEU CAMINHO





photo sentiers de france


Deixem-me caminhar, não me impeçam,
Pelos caminhos que fui eu que escolhi.
Mesmo se os meus passos tropeçam
Nos caminhos abruptos dos vales ou das serras.
É o meu caminho!
É neste caminho que me sinto bem e feliz
Nunca caminhei por caminhos que não me fossem hostis.
Aqueles feitos de tapeçaria, neles nunca caminhei.
Não foram feitos para mim, e nem sequer os conheço.
Todos os meus caminhos são sinuosos, e lá continuarei.
É o meu caminho!
Não é em caminhos de cetim que se aprende a viver.
Aprende-se levantando os rochedos que se nos deparam
Fazendo nós mesmos com que o nosso caminho seja mais doce
Para continuarmos a aprender a viver até morrer.
É o meu caminho!

 

samedi 4 juin 2011

SÓ DE VER A SUA BELEZA....





Dia de verão.
No Céu não havia nuvens
E o seu azul me convidava
A fazer uma balada, porque não?
Na minha bicicleta
Pedalei pelos caminhos,
Por belas veredas pedalava e sentia
O cheirinho a alfazema
Por vezes a rosmaninho..
Cansado, parei para descansar.
Sentado, admirava o prado
E de repente os meus olhos
Viram aquela bela bebendo
Para se refrescar do calor.
Levantei-me, fui na sua direcção.
Não sei porquê, batia meu coração
Como quando ele batia de amor.
Quanto mais me aproximava
E mais perto dela eu estava
Mais eu a admirava.
Só de ver sua beleza
Eu vinha ficando louco!
Aproximei-me, acariciei-a
E ela sobre a erva se deixou cair.
No chão, olhando para mim
Com olhos afogueados,
Lábios serrados, tentava abrir a boca.
Pobrezinha!... a vaca estava louca!

PROCUREI UM OMBRO

Procurei um ombro onde pudesse chorar.
Preferia nele rir, mas nem sempre pode ser.
O homem também chora quando sabe amar.
Amar de verdade, amar seu amor, sem esquecer.

Nem todos os ombros sabem as lágrimas secar.
Há mesmo aqueles que as lágrimas sacodem.
São os ombros frios que nos deixam gelar.
Que nos desnudam a alma e em nada ajudam.

Mas há sempre alguém com disponibilidade
Para secar as lágrimas sem as sacudir.
Lágrimas de desgosto, cansaço ou saudade
Que as guardam para ela, não as deixam fugir.

Mais tarde as vão levar a quem as chorou.
Vai-lhas entregar porque ela as guardou.
Sabendo que o tempo é bom conselheiro
E aquele que as chorou ficou prisioneiro.

As lágrimas não são que um bom sentimento.
É água que corre sem escolher o momento.
Deixai-las brotar, não será que oiro brilhante,
São lavas de vulcão, é lava escaldante

NOSTÁLGIA

No jardim da minha casa, sentei-me a ver a Lua.
Caneta e papel na mão preparo-me para escrever.
Mas escrever sobre o quê? Sobre a vida?
Escrever sobre a juventude? é possível, vamos ver.
A vida é como o tempo, ela passa sem darmos por isso.
Nós pretendemos viver, não pretendemos envelhecer.
Mas na vida, há juventude e há velhice.
Conseguimos envelhecer, não conseguimos rejuvenescer.
O tempo passa, que tristeza! Ele passa a uma velocidade
Impossível de controlar, olhamos em frente e o futuro já passou.
Eu continuei a olhar para a Lua e ela os cabelos me prateou.
Começaram a ficar brancos, é assim, não podemos sonhar.
É o preço que temos que pagar por uma vida vivida.
Que a quisemos sincera com amor, sem hipocrisia.
Mas quer queiramos, quer não, cabelos brancos são a nostalgia
Dos nossos anos passados, da nossa juventude perdida.

A POESIA É UM PRADO IMENSO

Eu tenho a impressão que entre nós tudo vai acabar
Não mais os meus pensamentos para ao papel passar,
Porquê perder o meu tempo e o pouco que sei escrever,
Escrevo sem regras sem respeito pela poesia a meu ver.

Escrevo uma letra, formo uma palavra mas sem sentido
As rimas são sem valor e assim escrever é tempo perdido.
Não sou poeta entre eles não sou que um pobre intruso,
Porquê gastar tinta e papel, tenho para mim que é um abuso.

Escrever só devem ser aqueles que sabem muito de poesia
Porque escrever letras mortas não passa de uma heresia.
Por mais que queira, por mais que faça, nada tem valor
É como plantar uma roseira e não saber se ela vai dar flor.

A poesia, a literatura é um prado imenso para cultivar
Mas é preciso ser especialista para escrever o verbo amar.
O amor eu tenho para dar e gosto de receber algum também
Mas o descrever é mais difícil e isso é coisa que não sei.

Por isso o melhor é parar nem que seja para reflectir.
Tentar sonhar com coisas belas para poder sorrir.
Passar para o papel os sonhos, é um verdadeiro pesadelo
Então o melhor é ficar a sonhar, assim a poesia não atropelo.


mercredi 1 juin 2011

CRIANÇAS QUE VIVEM NO NADA (DIA MUNDIAL DA CRIANÇA)





FOTOGRAFIE ENVIADA POR SUZANNE


Quando passo nas ruas da cidade
Vejo essas crianças perdidas
Muito longe da felicidade
E muito mais longe da vida.

Vagueiam de esquina em esquina
Onde não existe a moral
Vão sofrendo a sua sina
Vitimas de um destino brutal

Crianças que vivem no nada
Que viajam no vazio,
Numa longa caminhada
Nesta terra incendiada
Onde o calor nos dá frio.
Trocam o corpo por dinheiro
Para poderem viver
Não é vida com braseiro
Mas sofrimento traiçoeiro
Que jamais poderão esquecer.

Para eles , os dias são sem Sol.
As noites nunca têm Luar.
O futuro é mar sem farol,
É tudo escuro no seu olhar.

Esses lobos, que na noite rodam
E que as exploram com desdém
Decerto não se recordam
Que foram crianças também.


ELA O METE NA BOCA E FICA LOUCA

Todos os dias
Vou ver a minha namorada
Que fica zangada
Se não lhe dou nada.
Então,
Eu lhe meto na mão
Aquilo que ela gosta
E ela,
Grande gulosa
Com vontade corajosa,
Depois de acariciar
Com muito amor
Aquele esplendor
Logo o mete na boca
E ela fica louca
Com os olhos a brilhar.
Que seja branco ou preto
Ela até sobe ao tecto
Com esta guloseima.
E se o leite sente
Ela fica quase demente
E o lambe até ao fim
Ela o prefere bem duro
Mole, não o acha bom.
Que querem? Ela é assim!
Ela com ele se debate
E como a não quero perder
Todos os dias lhe vou oferecer
Um muito bom chocolate.


TU, CAMARADA

Camarada
Que sempre com dignidade
Te bateste
Nem sempre ganhaste
Nem sempre perdeste
As tuas vitórias
São vitórias do povo
A glória
Para ti camarada
É a felicidade
A igualdade
A trazer algo de novo.
Quantos camaradas
Pagaram a sua luta
Nas masmorras
Desses filhos de puta
Que nos exploram
Que riem sem piedade
Daqueles que choram
Daqueles que morrem
Estendendo a mão à caridade
Mas tu, camarada,
Tens alma, tens coração
Por isso tu te bates
Para todos terem pão

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http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=137154#ixzz1O18Vvc30
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PERCORRI PARIS





  LETRA DE FADO




Percorri Paris, com uma guitarra na mão
Não me sentia feliz, tinha frio no coração.
Na Ponte Alma, encostei-me ao parapeito
Dedilhei a guitarra, não toquei nada de jeito.

A guitarra como eu, chorava de desespero
Seus gemidos eram queridos mas sem esmero.
Porque em baixo passava o Sena, não o Tejo
Não havia fragatas a navegarem em cortejo.

A minha guitarra apertei-a nos meus braços
Como se fosse um amor atado com dois laços
Choramos os dois, não víamos os ardinas
Não ouvíamos os pregões das nossas varinas.

A enorme Torre Eiffel, era tão pequenina
A torre de Belém essa sim, grande menina
Fomos cantar lá no arco do dito Triunfo
O antigo arco da moraria era o nosso trunfo.

Ela partiu as cordas de muito enervamento
Eu perdi as vocais tudo por causa do vento
Que vinha da nossa capital essa linda Lisboa
E trouxe as vozes dos fadistas da Madragoa


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