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vendredi 27 juillet 2012

TUDO SOBRE O AMOR




TUDO SOBRE O AMOR


O melhor que a vida nos deu
Acreditem foi o amor
Não foi preciso Galileu
Por nos ensinar com primor.

Começamos por nos conhecer
Um homem e uma mulher
Com o coração a ferver
Beijamo-nos com muito prazer.

Depois lá vamos para o ninho
Enrolar os nossos corpos
Com os cabelos em desalinho
Ficando com os olhos tortos.


Tudo tudo tudo
Sobre o fazer amor,
É por cima, é por baixo
É de lado e sem pudor,
E sempre sem cansar
É por trás, é pela frente
É de pernas para o ar.
Mas é bom o que se sente.

Há mordidelas no pescoço
Os lábios já estão vermelhos
E o animal continua grosso
Com Viagrá ele nunca é velho.

Os seios bem redondinhos
Que prazer em os acariciar
Morder aqueles melõeszinnhos
É um sonho para continuar.

Começam as gemidelas
Que são sinal de espasmo
Começa-se a ver as estrelas
E com elas vem o orgasmo.


Tudo Tudo, Tudo
Sobre fazer amor
…....


dimanche 10 juin 2012

MOMENTOS DE AMOR





As lágrimas nos teus olhos, são oceanos de amor.
O teu coração são tochas que me dão muito calor.
Os teus lábios são mel que fabricas-te, minha abelha
E que ma adoçam a alma que diante de ti se ajoelha.


Teus ouvidos são radares estão sempre à minha escuta,
Teus cabelos soltos ao vento, de amor sempre em luta.
Teus seios são um Paraíso onde procuro a felicidade
Lavo-os com as minhas lágrimas, se longe sinto saudades.


Teu corpo é um portento de beleza, é a mais bela oração
Que à noite ao nos deitarmos a rezamos ao coração.
Tua pele é de veludo onde eu me espreguiço de prazer
E tu em contorções sensuais me dás amor de mulher.


Pela manhã ao acordarmos e os corpos entrelaçados
Nossos lábios beijamos pois que não estamos cansados
Da volúpia dessa noite que nos deu tanta tanta felicidade,
São noites que nos enfeitiçam de amor e dignidade.


Uma rosa vermelha te espera mas ainda está em botão
Brotará com a mais linda das formas, perfumará teu coração.
Tu a passarás pelos teus lábios e depois também pelos meus
São verdadeiros momentos de amor que nos caiem dos Céus.


A. da fonseca
L

jeudi 12 avril 2012

A ESTRADA QUE ME LEVARÁ AO NADA

Passo o dia inteiro deitado, é um treino
Para me começar a habituar quando um dia
Me colocarem numa caixa todo inteiro
E eu assim me deixarei levar com alegria.

A estrada está aberta para o meu corpo passar
É o caminho que me vai levar para lá do nada,
Irei entrar no vazio e bem feliz eu irei ficar
E lá irei então me fixar na minha nova morada.

Mas não serão que cinzas, eu serei incinerado
É a vingança dos frangos, e até das sardinhas
Que para meu regalo eu os devorei assados
Pago a minha divida a essas pobres alminhas.

Mas nesse vazio muita coisa vou esquecer
Antes peço perdão a quem eu fiz algum mal
Perdão que já pedi mesmo antes de morrer
Houve quem não aceitasse, faz parte do ritual.

Sem beneficio da duvida, eu fui acusado
Por alguém que sempre respeitei com amizade.
O meu coração ficou ferido, desorientado
Não foi que um mal entendido, sem maldade.

Bebertine





dimanche 1 avril 2012

ESCREVI O QUE ME DIZIA O CORAÇÃO

Casei-me contigo por amor, tu sabes poesia?
Depois do tempo em que o coração me falava
Me ditava palavras de amor, mas eu não sabia
Que eram palavras belas que ele te dedicava.



Pouco a pouco, comecei a escrever palavras
Que se transformavam em frases e eram belas,
Sem me aperceber que foram de rimas ornadas
E compreendi que era poesia que vinha à janela.

Comecei a te fazer atenção e o amor chegou.
Todas as noites os meus sonhos falavam de ti.
Comecei a burilar palavras e a paixão despertou.
Tentei fazer o melhor mas nas letras me perdi.



Os anos passaram, escrevi verdades e mentiras
Nunca fui além do que sou, não cheguei à perfeição
Queria ser poeta mas ser poeta, só o poeta se inspira
E eu, de poeta nada tenho, escrevi o que dizia o coração








PARA JULGAR ALGUÉM

Olhei para o meu espelho
E vi um homem que me parecia velho.
Coloquei os meus óculos,
Meu Deus... mas sou eu!
Fiquei incomodado
Não por ser eu!...
A minha consciência interroguei
E a mim mesmo perguntei;
Sem óculos, quantas pessoas
Infelizmente eu já mal julguei?

Quando você julgar alguém, não retire os óculos,

sem eles pode julgar mal.

mardi 13 mars 2012

O MACACO GOSTA DE BANANA

 GIF INTERNET


O macaco gosta da banana
Banana banana,
O homem gosta do milho
Do milho, do milho
Para comprar a banana
E a oferecer ao filho

A mulher gosta da banana
Banana banana
E também gosta do sarilho
Sarilho, sarilho
Se leva um para a cama
E se ele não tem milho.

O macaco vai para o galho
Galho galho 
O homem vai-o sacudir
Sacudir sacudir
Indo subir ao carvalho 
Até o macaco fugir

O macaco fugiu com a banana
Banana banana
Houve uma mulher que viu
Que viu que viu
Dá cá a banana ó sacana
Tenho o estômago vazio

O homem para a socorrer
Socorrer socorrer
Veio logo dizer à mulher
À mulher à mulher
Se quiser a banana lamber
Eu até lá vou a correr

lundi 5 mars 2012

ESQUECENDO O MUNDO



Dia de sol, passeio na areia e admiro o oceano.
De tempos em tempos uma vaga chega até mim
Molha-me os pés me provocando, fica a espuma
Espuma, que me deixou triste pensando ao amor.

Assim, os meus pensamentos voltaram ao passado
Um passado que tantas saudades deixou em mim
Desses momentos de loucura, de amor em liberdade
Das noites em que os nossos corpos se entrelaçavam.


As nossas lágrimas corriam de prazer, também salgadas
Como esta água do mar que teima em me provocar
Como tu o fazias com o teu sorriso de felicidade
E eu me perdia nos teus braços, esquecendo o Mundo.

Hoje as lágrimas também correm mas não de prazer

Correm para o mar o tornando assim mais salgado
As vagas que vão chegando pouco a pouco até mim,
Não são que a espuma de um amor jamais esquecido.

vendredi 2 mars 2012

PASSASTE POR MIM

Passaste por mim e nem sequer me falaste.
Foi naquela viela estreita onde passa a vida.
Naquela ruela onde tantos se batem para viverem
Mas eu te reconheci, sim e já lá vão tantos anos!


Nesse tempo vivias comigo de mãos dadas.
Acompanhava-mos o tempo sem nos separarmos ,
Éramos alegres, riamos cantávamos, dançávamos
Não víamos o tempo passar isso pouco interessava.

Depois, pouco a pouco, nos fomos separando

Não estávamos zangados, não, mas a vida é assim.
Eu comecei a envelhecer e hoje tenho cabelos brancos
E tu, ai tu...! tu continuas sempre jovem, provocadora.

Não me falaste, não te levo a mal, tens tanto a fazer

E eu prefiro ir esquecendo todos esses belos tempos
Guardo comigo a saudade e como eu ainda a amo,
Mas a ti juventude que foste minha, apenas te beijo.

lundi 13 février 2012

ENTRETANTO EU CANTO



Meu amor por você
É cego e não vê
O vosso desdém.
E eu queria que fosse
O amor mais doce
Que o Paraíso tem.

Eu me sinto sozinho
Não vejo o caminho
Do seu coração.
Perdido em ruelas
Procuro nas estrelas
A sua afeição.

Meu amor... meu amor.
Seu amor murchou
Qual flor com sede.
Eu não sei onde estou
Já não sei onde vou
E você não cede.
Entretanto eu canto
Uma canção triste
Perdido de amor.
Mas não sei existe
Algo de mais triste
Que o murchar de uma flor.

Em mar encrespado
De amor recusado
Ando a naufragar.
Seu porto de abrigo
Não quer ser amigo
Não me quer abrigar.

Seus olhos tão frios
Seus lábios vadios
Eu quero encontrar.
Poisar neles um beijo,
Saciar o desejo
De os abençoar.

jeudi 9 février 2012

O AMOR CAIU A MEUS PÉS





O amor que caiu,  caiu a meus pés
Foi uma queda que eu não suportei,
Sempre te amei e hoje sei quem tu és,
És alguém sem amor mas que eu amei.

Tu tinhas uma forma estranha de amar
Um amor frio que nunca quis aquecer
Cego de amor não via o teu dissimular
Porque te amava, não te queria perder.

Não soube o que de mim tu esperavas
Julguei que o teu coração por mim batia,
No fim era cinismo tu não me amavas
Eu não era que o teu brinquedo dia a dia.

Hoje estou só o teu lugar está vazio
Deixei de pensar em ti a toda a hora
O meu coração tem luz, não é sombrio
E a saudade, contigo foi-se embora.

dimanche 29 janvier 2012

NÃO HÁ BANCO DE JARDIM PARA SONHAR





Foi feitiço que um dia te trouxe até mim.
Foi surpresa que adoeceu meu coração.
Mas o destino decidiu que fosse assim
E entre nós nasceu uma grande paixão.

Juntos à lareira sentados lado a lado

Trocávamos palavras e beijos de amor,
Era um amor verdadeiro, não era pecado
E a vida assim vivida tinha mais sabor.


Lembro-me ainda daquelas lindas rosas
Que com muito amor eu te as ofereci.
Ainda as vejo vermelhas, muito vaidosas
Por saberem que elas seriam só para ti.

Hoje o lugar frente à lareira está vazio

Leio as cartas de amor que trocávamos
As chamas da lareira, só me dão frio
Não há beijos de amor, nos abandonamos.

Procuro e não te encontro, estou só

As ruas de Lisboa não têm Luar,
O nosso amor se transformou em pó
Não há um banco de jardim, para sonhar.

mardi 24 janvier 2012

É A VIDA QUE NOS ENSINA

image Centerblog


Ai se eu soubesse bem nadar!
Atravessaria o mar das ilusões
Mergulhava nas minhas paixões
Paixões que eu não soube amar.

Elas passavam através de mim
E eu nunca lhes fazia atenção
Não as guardava no meu coração
E sem começar chegavam ao fim.

Hoje nado somente na areia fina
Procuro os meus passos perdidos.
Algo me diz, que não faz sentido
Pois que é a vida que nos ensina.

samedi 21 janvier 2012

NÃO GOSTO DOS PORTUGUESES

images centerblog


Eu nunca fui nem sou racista
Mas os portugueses nem vê-los
Até se eriçam os meus pêlos
Quando vejo um no meu espelho.
Nada bonito e até já está velho

Ele tem a mania de me prosseguir
Sempre que vou à casa de banho
Lá está ele a me olhar no espelho.
Faço-lhe caretas daquelas horríveis
Ele me provoca e as faz terríveis.

Falo com ele para lhe fazer ver
Que assim continua leva uma lambada.
Mas o malandreco não me liga nada.
Ainda por cima imita os meus gestos
Irrita-me e não liga aos meus protestos.

Hoje de manhã lá fui mais uma vez
E lá estava ele, que pouca vergonha
Dei-lhe uma chapada mesmo na fronha
Ele desapareceu e levou-me o espelho
Não tem importância, já estava velho.

ESQUECI-ME DE VIVER


Na minha juventude vivi o meu dia a dia
Sem sequer pensar que havia o amanhã,
Tinha dias tristes, outros, sim, com alegria
Mas não posso dizer que vivi de forma sã.

Irresponsável fui mas qual jovem não o é
Quando se está na flor da mais bela idade,
Sem procurar a felicidade estava ali ao pé
Mesmo se ela fosse falsa deixou saudade.

Os conselhos não eram que palavras vagas.
Aquilo que me diziam, não tinha razão.
Era eu e eu quem sabia, mas era uma adaga
Que me entrava no corpo e corroía o coração.

Estou prestes a festejar os meus 80 anos.

Foram tantos, tantos, esqueci de os contar
Não choro pelas desilusões e desenganos
E foram muitos, deles desvio o meu olhar.

Aprendi tanta coisa e hoje ainda pouco sei
Aprendi que a vida não é só rir, mas sofrer.
Vivi à minha maneira, fui amado e amei
Vivi, certo, vivi, mas esqueci-me de viver.

lundi 16 janvier 2012

O POETA NÃO SE ESCONDE

Ser poeta é ser alguém que escreve o que sente
É artista que escreve frases, juntando letra a letra.
Faz versos, quadras, poemas, rimas e não somente,
É uma pessoa que sonha e que vive sendo poeta.

Com tudo o que escreve, acaba por ser imortal.
Quantas coisas escreve, guarda sem saber aonde.
O que escreve tem sentido, mas também é irreal,
Escreve em casa ou na rua, o poeta não se esconde.

Tem a Lua como uma das fontes de inspiração.

Admirando este Astro ele se prepara para escrever
O luar lhe entra no corpo e lhe prateia o coração,
Morre em cena, o poeta não se esconde para morrer.

dimanche 15 janvier 2012

TENHO UMA GUITARRA









Tenho uma guitarra acordada em Mi.
Tenho uma guitarra que é assim assim.
Tenho uma guitarra com corda Sol
Mas é fraquinha que só dá em Bi-Mol.

Tenho uma guitarra que me faz dó,
Ela é tão vélhinha que é só trolaró.
Tenho uma guitarra com a nota Lá
Mas só acompanha a Lady Gaga.


Tenho uma guitarra que tem o Ré
Mas ele só dá som segundo a maré
Não tenho unha para a fazer vibrar
E não tenho voz para a encantar


Tenho uma guitarra com a nota Si
Ela é tão bela que nela me perdi,
Sou eu que não sei a fazer tocar,
Mas tenho coração que sabe amar.





samedi 14 janvier 2012

O ESPLENDOR DE UMA NOITE

image missecanada


Quando a brisa da manhã acaricia meu rosto,
Traz com ela as tuas palavras, os teus beijos
Que guardo comigo até chegar o sol posto
E durante a noite são a razão dos nossos desejos.

Com o chegar da Lua, nossos corpos se prateiam.
O nosso quente ninho brilha de tanto amor
Os nossos lábios, de contacto eles anseiam
O nosso leito começa a preparar o esplendor.

O esplendor de uma noite de loucura louca
Com murmúrios de promessas na nossa boca
E a cumplicidade entre o teu e o meu coração

A volúpia viciou a nossa cama e o nosso quarto
Beijando os teus seios, e o teu corpo nunca farto
De sentir o meu corpo te acariciar de paixão


A. da fonseca

mardi 10 janvier 2012

TENHO SAUDADES DO TEMPO

Tenho tantas saudades do tempo
em que beijava teus belos olhos,
que cruzávamos os nossos lábios
quando acariciava os teus seios.
Oh.. como tanto agora lamento!



Para nós, não havia proibições
eras bela, o teu corpo me seduzia
teus braços me enleavam de amor
estavas desejosa do meu corpo
era o amor nos nossos corações.



Os teus olhos belos como flores
que perfumavam o nosso quarto
nos meus eu tinha férteis cataratas
que essas belas flores regavam
para assim perfumar o nosso amor.




samedi 7 janvier 2012

CORAÇÃO ALADO

O meu coração, é um coração alado
Que voa, que voa, vai para todo o lado.
Ele sobrevoa as mais altas montanhas
E pode rasar os Oceanos ou ribeiras
E nas desfolhadas poisa lá nas eiras.

Procura a espiga de milho vermelho
O dando à rapariga que mostra o joelho.
No fim vai dançar com a escolhida
Linda camponesa que é ainda solteira
Dançam o malhão e o vira à maneira.

Depois ele pega nela e a leva voando
Em voo de amor, num voar brando.
E à luz do Luar sobrevoam a aldeia
E indo-se poisar à porta da donzela,
Como te chamas? Eu sou Felisbela.

Os olhos azuis e os cabelos louros
Verdadeira minhota, beleza tesouro.
Diamante de amor para guardar,
Lábios vermelhos e tão desejados
Que se colaram ao coração alado.




samedi 31 décembre 2011

A MORTE DE 2011

23 horas e 59 minutos do dia 31 de Dezembro.

Algures, no planeta.

2011 prepara a mala para ir de despedida. A mala era uma mala especial, era um luxuoso caixão.
Ele passou 12 meses muito doente e sentia que os últimos minutos de vida estavam a chegar.
Num dos cantos do caixão ele acomodou tudo o que lhe pertencia; os maus momentos que foram muitos, os desgostos por saber que não viveu com harmonia nem paz nem amor, muitas pessoas o detestaram e estavam desejosos de o ver partir.
Quantas vezes ele ouviu dizer, maldito Ano este, espero que o Novo seja melhor, este ano, foi um ano de mudanças, mas para pior, e 2011 andava triste, doente, mancava mas havia também os que diziam que tinha sido um bom Ano, que lhes tinha trazido a crise e que com ela tinham visto aumentar substancialmente as suas riquezas e esfregavam a carteira de contentes, dizendo: Esperemos que no Novo Ano de 2012 nada mude!

As 24 horas do mês de Dezembro estavam já próximas; 2011 preparava-se para meter o primeiro pé dentro do caixão e eis senão quando...
Tlim tlim tlim tlim
2011 olha em redor e vê chegar em grande pompa e circunstância uma grande Limusina, toda enfeitada, música bem forte que invadia todas as casas.
-Olha quem ele é, disse o 2011, então? Chegas-te com vontade de fazer melhor do que o que eu fiz?
-Espero bem que sim, pois que tu foste um ano de desespero para a pobre gente que esperava mais de ti e que fizeste tu? Nada de bom! Eu vou fazer melhor do que tu, vais ver.. bom... bom é uma maneira de dizer, pois que te faltam só alguns segundos para morreres.
-Pois, eu quando cá cheguei, também disse o mesmo que tu, mas não consegui fazer algo de bem, quando eu tentava alguma coisa para agradar, havia logo protestos que davam direito a guerras. Quis dar abrigo a tantos pobres, logo fiquei mal visto e muitas mais coisas que tenho vergonha de de contar, não te quero fazer perder o moral, mas desejo-to imensa coragem para fazeres algo de bem a este pobre povo, que muito tem sofrido.
-Conta comigo, respondeu 2012
Dim-dom, dim-dom, dim-dom, dim-dom
Os sinos anunciavam a chegada do Novo Ano, o tão esperado 2012 e nesse preciso momento. 2011 caiu dentro do caixão, 2011 tinha acabado de morrer.
As janelas se abriram e os habitantes vieram para a janela festejar a chegada do 2012, ouviam-se as rolhas das garrafas de champanhe para alguns, para outros um pouco de vinho branco fazia o que podia, os beijos e os desejos de um Feliz Novo Ano ouviam-se para todo o lado, 2012, contente por ter nascido, acompanhava do olhar o povo que cantava e dançava nas ruas com a esperança que tudo iria correr melhor a partir daquela hora, mas começou a chover e todos entraram nas suas casas, deixando 2012 entregue às suas esperanças, mas nessa noite... choveu!

vendredi 30 décembre 2011

BRECHT E EU

Brecht dizia e creio com absoluta razão,
Que quando as margens do rio nos apertam
Devemos-nos soltar e procurar outra paixão



Estou de acordo com esta forma de ver
Quem sou eu eu para Brecht contrariar?
Eu, que tanto mal me dou para escrever.



As frases me apertam, as rimas nem falo;
Para me exprimir, quanta dificuldade sinto,
Por vezes pergunto, escrevo ou eu me calo?



Decido, escrevo, mas sei que escrevo o quê?
Alguém compreende o que eu quero dizer?
Sofro por isso, sofro por não saber escrever.




mercredi 28 décembre 2011

GOSTAVA DE SER POETA

Como eu gostava de ser poeta!
O meu nome em letras gordas
lá bem no alto da lista
Mas não passo de um pateta
Que só sabe fazer pirueta
Mas nunca chega a artista.

Será a minha caneta ou serei eu
Que não tem o dom da escrita?
A caneta não gosta de mim, eu sei
Vê como escreves, meus Deus!....
Escreve com mais jeito.... meu!.....
Se quiseres chegar a artista.


Mas que queres? Nada mais consigo
Do que dizer o que me vai na alma
A inspiração dá-me uma pista
Eu faço o possível de contigo
Convencer um verso amigo
A rimar para ser artista.

Mas as hipóteses são raras
Ser poeta é ser alguém
Que escreve com sentimento
Para ele as letras são searas
Onde ele colhe palavras raras,
O poeta é mais que artista.


dimanche 11 décembre 2011

PERCORRO A CASA DA SAUDADE

Tenho o meu corpo cheio de água
E a água cheia deste meu corpo,
É uma grande piscina de magoa
Onde eu vivo mas quase morto.

Estas mágoas que a vida nos trás
Mas em as aceitando eu afago-as
Para poder sorrir e viver em paz,
Tenho o meu corpo cheio de água.

Onde o amor também navega
Pois nele sinto o meu conforto,
Tenho o coração cheio de entrega
E a água cheia deste meu corpo.

Essa água que alimenta a vida
Para a minha alma é fragua
Que para sarar as minhas feridas
É uma grande piscina de mágoa.

Quero viver com felicidade
Pois que sofrer não suporto,
Percorro a casa da saudade
Onde vivo mas quase morto.

mercredi 7 décembre 2011

TENHO DOIS AMORES

Eu vivo em bela bigamia
Eu tenho dois belos amores,
Um que se chama Martine
E a segunda se chama Artrite.
Mas elas são duas flores
Que não há quem as felicite.



Uma me ataca as algibeiras
A outra as articulações
As algibeiras sempre vazias
A Artrite torce-me os dedos
E os pés parecem melões
Que de os ver até arrepia.

vendredi 25 novembre 2011

COMO VOLTEI, PARTIREI

Morri, mas hoje quis voltar à vida.
Prometem-me que hoje ela é melhor
Venho para ficar se houver só amor
Não como naquela vida já vivida.

Essa não, foi vida de amor vazia
Quero voltar, sim, mas com prazer
Com alegria e vontade de bem viver,
Viver a sorrir mas sem ter euforia.

Quero encontrar apenas felicidade
Que no coração não haja inverno
Mas muito calor e muita lealdade.

Se assim não for, vou-me embora
Prefiro voltar ao repouso eterno
Não quero viver como vivi outrora.

















mercredi 23 novembre 2011

PROCURO UM AMOR


image lorenaluv«cena.zip.net


Eu estou sozinho, não tenho um amor
A minha juventude há muito que acabou
Não sei o que fazer, oh... que horror
Coração abandonado, que sempre amou.

Experiência da vida, mas sem palavras
As palavras de hoje não são de antigamente.
As palavras antigas nas novas encrava
E as modernas não entram, na minha mente.

Mas houve alguém que me deu uma ideia
Para ir a uma discoteca, para ir dançar
Então irei à discoteca da minha aldeia
E uns piropos à minha maneira irei lançar.

Dançando, belas palavras vou sussurrar,
Palavras doces de amor a uma mulher
Docemente aos ouvidos lhe irei cantar
Uma canção doce, uma balada de morrer.

Jovem, faço este mês 79 lindas primaveras
Sempre guardei comigo palavras belas
Vou tentar a minha sorte,lanço-me às feras
Vou-lhe dizer que o meu amor é só para ela.

Se encontrar uma jovem que tenha oitenta
Pouco importa, portuguesa ou brasileira
Vou por nas minhas palavras mais pimenta
Talvez que assim alguma caia na ratoeira.

vendredi 18 novembre 2011

É O QUE VOS DIGO

Estou pronto para morrer
Como e quando, não sei
É o que vos digo, podem crer
Estou farto da vida também.


Farto desta podre sociedade
De ego sempre bem inchado
Não existe a solidariedade
O Mundo já está quadrado.

A cada ângulo um hipócrita
No centro um mau palhaço
Que não passa de um parasita.

Que nos dá muita urticária
E no coração fica o traço
De felicidade imaginária.










dimanche 13 novembre 2011

O DIA CHEGARÁ


Olha à tua volta
E que vês tu?
De crianças sem pais,
E de pais sem crianças.
E que vês mais?
Uma terra em fogo
E todo o teu povo
De olhos esbugalhados,
Imagem de desespero.
E que fazes tu?
Continuas a guerra
Queimas esta Terra
Que não pede que Paz.
Mas tu não és capaz
Do que impor tu arrogancia,
Teu poder, tua ganancia.
Tu és tu e eu não sou eu!
Mas o dia virá,
Em que nós seremos nòs,
Tu serás sempre tu,
E o povo será o teu algoz!


TENHO UM OCEANO NO MEU JARDIM

Tenho um Oceano enorme no meu jardim
A água é bela bem azul tem a cor dos Céus
Todos os bichos marinhos estão junto a mim
Alimento-os com o cinismo de inimigos meus

Tubarões querem saber, são às mãos cheias
Que tudo devoram até mesmo a dignidade
Faço atenção pois que as serpentes, as moreias
Estão sempre prontas para morder sem piedade.

As alforrecas é melhor ninguém se aproximar
Deixam-nos carregadinhos de bela urticaria 
Por causa delas, passamos o dia a nos coçar
Pois que as borbulhas não são nada imaginárias

Para esquecer o mal que esses animais fazem
Calculem... até la tenho uma enorme baleia
Golfinhos brincando que a alegria nos trazem
E nem queiram saber, está la uma bela Sereia

Sereia que nos seus belos cânticos de encantar
Encantam as avezitas que no jardim se pousam
E que com ela fazem concertos de nos extasiar
Assim de todos os males nossas almas se repousam.

PUTA DE VIDA

Puta de vida, puta de sociedade
Não é só a puta que é fodida
Mas também a nossa dignidade.
Mesmo a dignidade da puta
Nem ela mesmo é respeitada
Ninguém é ninguém, não somos nada.
Tenho vontade de ser kamikas
Fazer explodir tudo em palavras
Das mais rudes às mais malcriadas
Pois que há gente sem sentimentos
E nada servem os lamentos
Daqueles que são feridos de morte
Que andam no Mundo sem Norte
Que tudo fazem para o merecer
Mas esse Norte nem sequer dá para ver.
Um véu negro se levanta
Se reagem logo alguém se espanta 
E dizem-lhes, vão-se foder.
Se estou revoltado? Ah pois estou
Gostava de viver num mundo sem hipocrisia
Sem o cinismo das guerras
Mesmo que sejam só de palavras
E essas fazem na verdade doer.
Porquê, porque quero a paz 
E contrariado não posso responder

samedi 12 novembre 2011

A SONDAGEM DO ESQUELETO

Sábado, como todos os sábados há a mania do sábado à noite. Discotecas, baillaricos, fado, e amor enchem a noite.

Duas horas da manhã, numa ruela da Madragoa.

Clicclacclicclac clicclac.... clic clac......... clic clac..... clac.
-Ó amigo, pare aí!
-Não, não precisa de por as mãos no ar, não sou da policia, faço uma sondagem.
-Céus, mas o que é isto? Eu bem dizia ao meus colegas que já tinha bebido um copo a mais, eles não acreditaram,mas a prova está aqui, estou com alucinações, um esqueleto que faz sondagens, Valha-me a Virgem Maria, não sou crente , mas Virgem, vem me ajudar, gritava o jovem,
-Qual Virgem qual carapuças, você já viu virgens a passearem a esta hora nas ruas da Madragoa? Pensa que sou parvo ou quê.
-Mas....
-Nem mas. Nem meio mas, diga lá, você é inteligente? É para a sondagem,
-Sou, sou sim!
-Bom, dois e dois faz quantos?
_Mas para responder a isso, não é preciso ser inteligente!-
Clicclicclic, os esqueleto começou a se enervar
-Se eu lhe faço a pergunta, há uma razão, responda lá, quanto faz dois e mais dois.
-Quatro, respondeu o jovem.
-Tem a certeza?
-Tenho.
Qual é o seu curso?
-Economia.
-Então você é instruído mas não inteligente, mas tem razão, os tempos mudaram e as inteligências não são as mesmas. Repare no meu tempo Salazar era professor de economia e ele dizia que dois e dois eram quatro para pagar e para receber eram vinte e dois, aquilo é que era inteligência, hein?
Com o medo que estava, o jovem dava sempre razão ao esqueleto.

-Mas há uma coisa que eu não compreendo, como é que o senhor sendo um esqueleto anda a fazer sondagens?
-É simples, caro amigo, eu sou esqueleto da inteligência que já morreu há muitos anos e estou interessado em saber como a inteligência está de saúde nos tempos modernos e como sou muito invejoso, não quero que a inteligência de hoje, seja superior àquela dos meus tempos.

-Tenha uma boa noite, jovem!
-Obrigado senhor esqueleto, para si também!
E o jovem lá se foi e pelo caminho ia dizendo, dois e dois vinte e dois, três e três, trinta e três, quatro e quatro, quarente e quatro,.................
Lá longe, sobre as pedras da calçada, ouvia-se clicclicclicclic... clic...clac.....clic.... clac........... clac.
-Caro senhor, pare aí! é para uma sondagem...

mardi 8 novembre 2011

PENETRAÇÃO

Depois do tempo que eu te dava guarida
Tu vieste a ser a mais bela do meu harém.
Tu eras a mais desejada a mais querida
Mas como as outras, tu passas-te também.

Agarrei-te com as minhas duas mãos
Tu te debates-te, não aceitavas
Eu não perdi a esperança, isso não
Eu segurei o teu corpo, bela escrava.

Remorsos? certo, mas queria-te comer,
Vi todo o sangue que tu perdes-te .
Tinha desejos de ti, a morrer
Depois da penetração, tudo esqueces-te

Consegui entre minhas pernas te prender.
Não desisti de fazer com que fosses minha,
Preparei a minha ferramenta do dever
E penetrei a faca no pescoço da galinha!


UMA ALCACHOFRA DE AMOR


Quando cheguei ao Paraíso
Encontrei o Santo António
Com uma alcachofra na mão.
Perguntou-me com um sorriso
Se era eu o Demónio
Que entrou no teu coração.

Vi os seus olhos brejeiros
Me olharem com malícia
E esperando uma resposta.
O meu reflexo primeiro
Foi pensar com delicia 
À mulher de quem se gosta.

Olhei para o Santo. António
E disse-lhe com vaidade
Que o teu coração era meu.
Disse que era o Demónio,
Não lhe escondi a verdade
Mas o meu coração era teu.

Falei-lhe dessa fogueira
Onde contigo queimei 
Uma alcachofra de amor.
Refloriu para a vida inteira
E foi assim que comecei
A amar uma flor

Disse-lhe que vinha sósinho
E que ficas-te a chorar
Porque nós nos separámos.
Quis-te deixar no nosso ninho
Para seres tu a guardar
A alcachofra que queimamos.


lundi 7 novembre 2011

A NOITE

Noite... Deusa dos meus desejos
Em que de Lua em Lua,
Indo de rua em rua
Dei e recebi beijos,
Destrocei corações,
Causei desilusões.
E no silencio do vazio
Também fui feliz
Nas ruas do meu País!
E mesmo se no escuro não vejo,
Noite... és Deusa dos meus desejos.

samedi 5 novembre 2011

O NOSSO AMOR DESAPARECEU

Eu era o teu queridinho
Quando te conheci
Fizemos o nosso caminho
Tu para mim, eu para ti.

Beijos e mais beijos
Caricias em palavras
Sempre com desejos
Dos que tu me davas.

E assim continuamos
Por bastante tempo
Nós nos adorávamos
Sem algum lamento.

Mas não sei porquê
Tudo foi mudando
Minhas cartas não lês
Teu amor é brando.

Quando eu te escrevo
Tu não me respondes
E já não sei se devo
Ir onde tu te escondes.

Não me fazes atenção
Vou parar de te escrever
Pois que o meu coração
Não o quero ver sofrer.

vendredi 21 octobre 2011

MINHA VIDA, MINHA PAIXÃO.

Ofereci-te uma rosa, em noite de Lua cheia
Uma rosa de amor muito bem perfumada
Que tinha brotado dentro do meu coração
Era o meu amor por ti que cresceu do nada.

Vi o teu sorriso nos teus belos olhos azuis
E vi os teus lábios procurarem os meus
Que de pronto aceitaram cheios de desejos
Nossos lábios se colaram foi um dom dos Céus.

Meu amor, meu amor, minha paixão minha vida

Sem ti não poderei viver, nosso amor vai crescer
Nada nos poderá parar, quero-te amar sem fim
Pois que tu vives dentro de mim e será até morrer.

Amanhã meu amor, de certeza te darei outra flor

Outra rosa mas de cetim para enfeitar o nosso leito
Leito, onde faremos amor na escuridão da noite
E assim nascerá um verdadeiro amor perfeito.













jeudi 13 octobre 2011

ESTAS CRIANÇAS SÓ PEDEM AMOR

Era terça feira.
A neve caía
E nessa rua fria
Eu caminhei.
Num passeio deitados
Cobertos com cartões
Estavam dois corações
A quem a mão eu dei.
Eram duas crianças
Ao frio, abandonadas
Com as roupas molhadas
De frio tiritando.
Levei-os ao café
Onde sofregamente
Os dois pobres entes
O estômago aqueceram
E o calor adorando
Eram duas crianças
Pelos pais abandonados
Sozinhos e escorraçados
Por uma sociedade sem calor.
Mas para quando
Veremos esta miséria
Banida como bactéria
Nociva para a vida.
Estas crianças, só pedem amor.

mercredi 12 octobre 2011

O ZÉCA ERA O ARDINA

O Zéca era o ardina
A Cristina a varina
Da nossa Lisboa.
Dois jovens amantes
Como havia dantes
Lá na Madragoa.

Sempre sorridentes
Airosos , contentes
Felicidade no ar.
Bairristas de raça
Que tinham a graça
De quem sabe amar.

Ela amava-o tanto
Que com certo encanto
Lhe disse ao Luar.
Leva-me à Igreja
Bendita seja
Quero-me casar.

E um dia,
Lado a lado, no Altar
O sim deixaram saltar
Dos seus lábios risonhos.
O amor,
É o caminho da razão,
A via para a paixão
E a rota para os sonhos.

Seus olhos cintilantes
Como diamantes
Brilhavam de amor.
Seus lábios sorriam
Lábios que só queriam
Beijar com ardor.

Dois corações amigos
Agora bem unidos
Para a vida inteira.
Há festa na Madragoa
Está feliz Lisboa
Engalanou-se a Ribeira.

A vida é um carrossel
E a Lua de Mel
Tem o seu lugar.
Ela será doce e divina
Para o Zéca e para a Cristina
Não vai acabar.


A. da fonseca

mardi 11 octobre 2011

UM ALDEÃO NAS ESTRELAS

Desfiz o meu pé-de-meia
Sou o mais rico da aldeia
Sempre fui muito poupado.
Agora quero passear
Quero o Céu admirar
Porque já sou reformado.

Inscrevi-me numa excursão
E de cabaz e garrafão
Disse adeus à minha casa.
Decidi ir visitar
Todo o sistema solar
Num foguetão da NASA.

Primeira escala... a Lua.
Sem interesse, estava nua
Só poeira, só calhau.
Nem uma sombra sequer
Para descansar e comer
Meus pastéis de bacalhau.

No silencio, este maloio
Comeu o seu pão saloio
E o seu frango grelhado.
Pedi para ir ao Paraíso
Disseram-me... tenha juízo
Tem o caminho vedado.

Marte, veio a seguir.
Cheguei e pus-me a rir,
Nada havia de especial.
Bebi o meu carrascão
E cheguei à conclusão
Que o mais lindo é Portugal.

mercredi 28 septembre 2011

O DIA EM QUE A NOITE CAIU

Depois de ter jantado, fui até à varanda da minha casa, estava uma bela tarde de verão e de repente,
buooooom!!!! A noite caiu!

O estrondo foi enorme e o susto, meus amigos, nem queiram saber. Era tanta a poeira, que não se via um palmo à frente do nariz. Felizmente estava protegido pelo varandim e nada me aconteceu de mal.
Os bombeiros começaram a chegar, havia bombeiros por todo o lado. As gruas em um número enorme, as pessoas corriam de um lado para o outro completamente desorientadas.

-Oh amigo... gritou para mim um bombeiro, dê uma ajuda!
-Dar uma ajuda a quê, o que é que quer que eu faça?
-O homem, então não vê que vamos tentar levantar a noite?
-Isso é tempo perdido, não vê que a noite é grande demais?
-Pois é, respondeu o bombeiro, mas vamos tentar.



Para lhe fazer prazer, lá fui dar uma ajuda, mas como andava um bocado doente, desisti e ainda por cima tinha que entrar em casa para fazer o que fazia todos os dias antes de dormir, era uma obrigação.
Lá fui para casa, passei pela cozinha e fui para o quarto e a minha esposa nem deu por nada, ressonava de tal maneira que nem sei se foi por causa disso que a noite caiu.
Então comecei a minha necessidade do dia antes de dormir. Peguei nela como de costume, abria em duas, uma para a esquerda outra para a direita, tirei o caroço da banana e colei a pele contra a minha testa.
-Ufff! Já me sinto melhor, tinha que ser assim todos os dias para poder dormir.
Adormeci como um bebé e pela manhã quando acordei, fui à janela e verifiquei que os bombeiros tinham conseguido levantar a noite, estava um lindo dia de Sol.

vendredi 16 septembre 2011

ESTA NOITE MEU AMOR, NÃO QUERO FAZER AMOR


Esta noite, meu amor, não quero fazer amor
Quero ficar junto a ti para te poder adorar.
Quero ver como tu te despes docemente
Com o teu lindo sorriso sempre presente
Quero ver o teu corpo para o apreciar

Sabes bem, sabes bem e eu também sei
Que quando na nossa cama nos deitamos
Só pensamos em fazer amor, nada mais
Ficava atracado a ti como se fosses cais
E onde as nossas cordas amarramos.

Mas o amor é muito, muito mais complexo
O coração tem que bater por amor desejado.
Ele têm que bater no mesmo compasso
Não é só ir para cama quando por lá passo
É ter a certeza que o nosso amor é bem amado.

Hoje venho te pedir perdão do amor perdido
Quero passar a noite ao teu lado, meu amor
Tenho comigo um lindo presente a te oferecer
Eu não quero que tu venhas me agradecer
Para ti meu amor te trago este ramo de flores.

Coloca-as numa jarra á cabeceira da cama
Para que elas possam perfumar o nosso amor
Não serei ciumento dessas rosas vermelhas
Pois eu sei que tu serás a mais bela abelha
Que pela manhã vai levar o mel a essas flores.



lundi 12 septembre 2011

O AMOR É COMO UM RIO


Naquela rua sombria
Debaixo do candeeiro
Ao frio, passava horas.
Nem a tua sombra eu via
Era no mês de Janeiro
Como de costume chovia.
Na soleira de uma porta
Que me servia de abrigo
Ali passava o meu tempo.
A tua janela estava morta
E nem sequer o postigo
Lhe passou o testamento.
Aquela janela branquinha
Que tanto me fez sofrer
Continuou sempre fechada.
Ficou para mim a janelinha
De o amor de uma mulher
Para mim acabou em nada
Enfim, deixou de chover
O meu coração ficou frio
O nevoeiro o envolveu
Mereceu a pena sofrer
Pois o amor é como um rio
Nasce alto, acaba por morrer.

O POETA MORREU, VIVA O POETA


O poeta morreu
viva o poeta.
Se alguém
dele já se esqueceu
tem a porta
aberta
para visitar
as obras que deixou
as poder apreciar
as poder criticar
mas não o imitar.
cada poeta
é único
um estilo
uma alma
nervosa
ou calma
mas o amor
que ele deu
esse é imortal.